segunda-feira, 3 de maio de 2010

Hoje é um dia muito especial para nós, comunicólogos (horrível expressão para quem fez comunicação): Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Por isso, este post é isso:

SOBRE A MINHA VISÃO DE LIBERDADE DE IMPRENSA

A liberdade de imprensa é algo mais que legal: é fundamental para o bom funcionamento de uma sociedade. Né? Sim, absolutamente. Mas até que ponto a liberdade de imprensa funciona como um filtro de sinceridade para a mídia? A gente pode realmente dizer o que quiser? Ou ninguém se importa com o nosso ponto de vista?

Eu já cansei de dizer que não sou uma dessas jornalistas que querem mudar o mundo. Eu não quero. Eu quero meu bem estar. Mas eu acho que se você se propõe a ser um formador de opinião, no mínimo você deve ser sincero naquilo que passa. Não adianta ser revolucionário nas idéias e capitalista no trabalho. Não adianta você achar um absurdo a roubalheira dos políticos, e escrever textos lindos sobre como eles estão mudando o mundo, só porque eles pagaram alguns milhares de reais para o veículo de comunicação que você trabalha. Ou você é, ou você não é. Não existe meio termo para isso.

Eu não sou. Não escolhi ser. Eu não nasci para ser repórter. Até tento. Foram várias tentativas. Mas eu sofro com isso. Eu sofro porque acho que quem faz isso deve se importar. E eu, sinceramente, não me importo. Me indigno, sim. Mas não pretendo passar adiante a minha indignação.

As vezes, é melhor a gente não conhecer, não saber, não procurar. E, sabendo disso, a imprensa pouco usa a sua liberdade de expressão.

Quando são vetados, eles surtam, como por exemplo aconteceu atualmente. Mas então, por que eles continuam falando bem do governo Lula, por exemplo? Para que serve a liberdade que eles tanto querem? Para ter a opção de falar bem ou mal, de falar ou não falar, embora vão fazer o que for melhor remunerado?

O dia da liberdade de imprensa deveria ser substituído pelo dia da sinceridade da imprensa, um dia em que todos os comunicólogos só falariam com sinceridade.

Como sou vendida, deixo mais um vez a redação de um jornal para trabalhar com redação publicitária. Pelo menos assim eu não tenho que fingir ser sincera!

E que eu tenha feito a escolha correta para mim e pela minha família!

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