segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O meio nunca é muito legal. O começo tem a expectativa; o final tem a emoção. O meio é sempre sem graça.

O filho do meio não é mimado por ser mais velho, nem mimado por ser mais novo.

O meio da guerra não tem história nem apoteose, apenas é mortal.

O meio de um cabo de guerra é a corda, sem expressão.

O meio do ano tem umas férias chatas e curtas. Não tem a renovação do início do ano, nem a canseira do final do ano.

O meio da casa geralmente é um corredor.

O meio dos relacionamentos é só a rotina.

O meio do livro, enrolação.

O dedo do meio significa palavrão.

O meio da vida é adulto. Adulto = chato.

O meio da transa é a tentativa de orgasmo.

O meio do caminho em uma viagem não é a partida, nem a chegada. É a estrada.

O meio de um sanduíche não é o prazer da primeira mordida, nem a satisfação do final. É o lanche. Só.

O meio. Medíocre meio. Vazio meio.

Vamos ao início ou ao fim. Pulemos o meio.

Um comentário: