domingo, 15 de maio de 2011

Questão partidária

Hoje de manhã, enquanto eu fazia o rolê da Amélia (meio que comemorando o 13 de maio), bate uma dessas meninas que fazem pesquisa. Eu aceitei responder por 2 motivos: o primeiro é porque eu sei a dificuldade que é acabar com os questionários. O segundo é porque eu sempre estive do lado de lá da pesquisa e fiquei curiosa para saber qual a sensação de fazer parte do índice.

Claramente encomendada pelo prefeito daqui, Marcelo Barbieri (PMDB), o questionário era qualitativo e media falhas e acertos, além de, claro, probabilidade de uma reeleição. Ele serviu também para que eu fizesse uma reflexão para um possível reposicionamento partidário. Ou não.

Desde pequeninha, eu aprendi que a direita é mais legal. Meu avós gostavam muito de política e eram envolvidos. Meu avô, uma pessoa bem a frente do seu tempo, votou no Collor por questões partidárias. Os professores, bancários, eram todos petistas. Eles sonhavam com a tal mudança e essas coisas que sempre e pareceram bem utópicas.

Depois que eu cresci, e por uma racionalidade simplificada, eu acho que a direita acaba roubando menos que a esquerda porque envolve menos pessoas nessas questões. Me parece que os novos donos do poder se maravilharam e vão pegando tudo com medo de sair dessa posição.

Trabalhando durante 5 anos com um PT corrupto, que passa a perna na população sem ao menos tentar esconder (uma tática já conhecida por ser usada pelo Maluf, mas com muito menos carisma e sucesso), torci o nariz de uma forma que parecia ser definitiva. E que pode ter mudado esta manhã, não sei ao certo.

Ao ser questionada pelo motivo de não votar em um ou outro possível candidato, minha resposta era sempre “questão partidária”. Mas na hora de avaliar os melhores...bem, confesso que o governo do Brasil tem sido melhor que o do estado, que a liderança política modelo de Araraquara é petista, que os melhores candidatos são de esquerda e que é preciso reavaliar sempre, porque a minha tão querida direita vem ruindo.

Outro ponto interessante é que eu, na minha ignorância, acredito que a saúde, a educação, a infra e todos os demais pontos são péssimos principalmente por causa do funcionarismo público. Essa coisa do cara ser concursado e achar que é intocável piora muito as coisas. Um funcionário achar que é legal você receber um bônus salarial por ter somente cinco faltas não entra na minha cabeça. Se eu faltar cinco dias do trabalho, sou demitida! A obrigação é ir trabalhar. Não faltar não é uma qualidade!

E tanta gente despreparada. Uma prova não avalia um bom funcionário. E a gente para pelo serviço, precisamos exigir profissionalismo dos nossos funcionários. Ganhar bem é um direito de todos, e é bacana valorizar o trabalho. Não só O TRABALHO, mas o comprometimento. E comprometimento é uma coisa que falta – em todo lugar, diga-se de passagem.

Se a creche dos meus filhos entra em greve e eu perco dias de trabalho, eu estou na rua. E os grevistas estão de folga. Então...hora de rever este ponto, não é mesmo?

Por hoje é só, crianças.

Tudo bem que tudo isso é muito chato. Mais chato ainda é o monte de roupas que eu tenho para passar!

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